sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Medos, Incertezas, Fotografias, Sorrisos, Olhares, lagrimas, Vazio...

Tem hora que a gente para pra olhar umas fotos...
Ai o olho começa a embaçar... vc acha que é sono... mas na verdade aquele nozinho na garganta começa a apertar... e ai vc entende que naquela foto vc ve um momento de luz onde se formam a imagem de pessoas que naquele momento há anos atras se odiaram, se amaram, se estapiaram, mas acima de tudo fizeram brotar entre socos e palavrões uma amizade incrivel que supera tudo...
Sbe ... aquele nozinho na garganta ... ele continua apertadinho,
pq vc olha para a sua vida, vê qtas pessoas passaram por ela ...
ve como o tempo voa, e como vc está envelhecendo, vc dedica uma hora do seu dia a uma leitura sem graça, trabalha, vai pra faculdade, as vezes sai da rotina, pega um cineminha, pega a estrada, cai no mundaum, mas depois vc volta pra frente do computador e sabe que tem que entregar um trabalho na proxima semana, mas seus dedos se recusam a escrever sobre curriculos ou historia de outrém... vc quer falar apenas d vc ...
e das pessoas que importam pra vc ...
vc quer falar daqueles sorrisos naquele instante de luz naquela fotografia, vc quer falar das alegrias, das trsitezas, das duvidas e das incertezas que rondaram seu coração naquela época, mas sua cabeça organizada grita pra vc fechar a pagina do seu blog e se concentrar no trabalho...
mas pra que...pra permitir que este momento de sanidade que surge em minha mente atormentada pelos viezes de um gótico escolástico de Panofsky, ou a visão de um mundo como representação de Chatier, gritando com a Narrativa historica de Paul Veyne, confrontando toda aquela alucinação da existencia ou não de uma Idade Média, pq 1000 anos não podem ser considerados apenas meio... e toda a sutileza de um gombrich em uma analise da historia da arte, silenciosamente declarando a paixão da expressão artistica, sentindo todas essas emoções juntas e misturadas, ignorando completamente todos os 150 erros gramaticais, olhando para esta sociedade humana, tentando entender em vão o comportamento deste ser tão mesquinho, travando batalhas contra a historia pra se elevar como melhor forma de entender tudo... tolice... bobagem...
Eu olho pra toda esta bagunça e sinto vontade de entrar pras fotos antigas, derrubar algumas lagrimas pra que elas me façam me sentir mais humana, mais sensivel, pq o mundo nos torna rigidos, frios, e é nossa missão abrandar esses sentimentos pra não acreditarmos apenas num vazio de existencia, Schoppenhauer me perdoe.. mas eu quero ter uma finalidade, eu quero ser parte deste caos, eu quero sentir pertencente deste mundo, não sou um ser externo e alheio a tudo, sou um agente transformador, sou a mudança, a transitoriedade, sou o vento, a luz, a cor e o som...
Sou parte deste mundo
E parte de alguem que naum sei por onde vaga...

Um comentário:

  1. adorei esse finalziim Fer!!! continue escrevendo assim!! mas tente coisas menos tristes e ao mesmo tempo inteligentes, vai ficar show!!!

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